sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A Big Brothernização da Tragédia!

Por: Junior






Segunda-Feira, 13 de Fevereiro, 7 horas da manhã. Quatro canais de TV mostram a mesma cena aérea: um camburão da PM em alta velocidade a caminho de um Fórum corta as ruas da cidade. Dentro do camburão, o réu do chamado "Caso Eloá".

De tempos em tempos a imprensa tupiniquim nos metralha com esse tipo de cobertura jornalistica.
Helicópteros, empurra-empurra de repórteres, centenas de flashs disparados, fazem desse tipo de cobertura um grande show.
Tudo é feito em prol da audiência, promotores, advogados... são transformados em "celebridades". Repórteres fazem de tudo por uma imagem, uma declaração a mais do que a concorrência. A mãe da vítima a qualquer aparição é cercada de câmeras e microfones que buscam captar uma frase, uma lágrima que escorre pelo rosto.
Apresentadores engravatados pedem mudanças nas leis, programas recebem especialistas em segurança, e psicólogos que discutem o assassinato da vitima da mesma maneira que as mesas redondas futebolísticas dominicais discutem se foi ou não pênalti.
Após alguns dias que o caso é espremido até a ultima lágrima, até a ultima gota de sangue, o caso é esquecido
assim como foi o caso da loirinha que planejou o assassinato dos pais, do cara que joga a filha pela janela ou do mano que invade uma escola no Rio e atira em quem encontra pela frente.



Informar é preciso... Mais Big Brothernizar (termo pinçado no Twitter)... fazer desse tipo de cobertura um grande show é totalmente desnecessário!





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