quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Tristeza

Sem mais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A chegada da Crise


Por: Beto

Falar em crise é adjetivar: econômica, social, ambiental. Já esbocei uma tentativa de compreendê-la aqui.
Em vão.
De todas as crises, a suposta crise da segurança pública decerto é a que mais envolve o clima da cidade. É uma crise que dá frio na espinha.
20 anos após o massacre do Carandiru. 15 anos após a Favela Naval em Diadema. Pouco mais de 5 anos após os conflitos de 2006.
Os fatos recentes vêm trazendo um receio maior à crise. Números assustam e surgem a cada hora. Aliás, nem toda mídia o divulga de fato. Talvez pudessem fazê-lo só com tabelas, sem mencionar os tendenciosos textos que acompanham as reportagens.
Chega aquela crise que bate à porta, no sentido mais invasivo do termo. Aquela crise que pode te pegar despercebido, aquela na qual você pode não saber de onde veio a bala.

De um dia para o outro as grandes crises se arrastam. Se nos atingem em cheio, fica a dica de buscar uma compreensão mais ampla. De fato, atingem. 
Mas os oceanos ainda não inundaram nossos lares.
A recessão é contra-atacada com venda de carros 1.0.
As diferenças étnicas são ocultadas e suprimidas com declarações universais sobre a diversidade.

As mazelas no espaço rural, sempre lembradas em damarginalpracá , têm aderência cíclica na preocupação dos metropolitanos. Talvez nem soe como parte de uma crise maior por parte de nossa população.

Mas sem dúvida, há uma crise mais específica que aflige, obviamente, o morador da periferia. Este que absorve os efeitos de todas as outras crises com mais intensidade, como esponja. Pois é enxugando o gelo que segue a vida.

Segue-se mais uma vez o cenário. A crise mais intensa: aquela que o pobre vê de perto.


Seguirá o suposto bem contra o mal nos nossos noticiários. As mentiras descaradas contadas pela PM. Um cara-raspada responderá seguro que possui o controle da situação, em sua farda medalhada e cabelo liso de gel.

E amanhã todos vamos trabalhar.

(fotógrafo Diego Vara)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Sequência

Por: Beto

Hoje na volta do trabalho eu vi uma ocupação de terra.
Famílias, crianças, tendas, plástico e ripas. Não tinha notado a ocupação no caminho de ida. Nem ontem, passando pelo mesmo lugar. Das duas uma: ou estou mesmo atento, ou com a visão comprometida pela correria.

A cena me trouxe à mente uma sequência de outras situações presentes nos últimos dias e meses. Em Naviraí (MS) e em Americana (SP), Guaranis-Kaiowá e camponeses. Determinadas canetadas podem impedir, nos próximos dias e semanas, um suicídio coletivo e um processo de despejo de centenas de famílias.

Onde circulo, processos semelhantes ocorrem a cada dia. Desocupações, invasões. Açoites. Ameaças de incêndio.
No auge do ringue do segundo turno tenho um breve cenário urbano-rural do meu país

Reflito sobre a representatividade que esta aí, proposta. Imposta. Dia após dia ouvindo promessas, diálogos, propagandas. Sendo invadidos pelo vermelho, pelo azul e amarelo, panfletos e infinitos cavaletes.

Segue a estrada dos pensamentos, numa breve análise que é indignante.
Soninha, por exemplo. A fala descolada e simpática me vira e acusa o adversário de filhadaputagem. Bom, deram o Print. Rs. A análise fez-me rir no começo. Mas a risada, nesse caso, só poderia ser sadismo de minha parte. Diante do cenário da vida.

Vou ao representante do centro expandido. Este sente cada vez mais o sabor da derrota. Não sabe mais como perder e logo estará como Maluf. Perderá de novo, mesmo apelando para as vítimas do acidente da TAM no horário eleitoral. Realmente, essa ele saca da manga. Parece que foi bem efetivo o socorro às vítimas na época. Ótimo.

Mas com grande respeito às famílias, eu não me comovo, candidato, já que vejo pela janela o extermínio e a luta. Vejo a justiça optando pela especulação em detrimento da vida, amparada por artigos e incisos, retirados da nossa incapacidade de intervenção histórica, no qual legislamos contra nós mesmos ao escolher nossos representantes.

Sigo nesse mote de pensamentos. A cena é triste. A cena incomoda. E não há como não pensar em nossa representação, ainda mais nesse momento.

1984. Lembro-me do grande articulador: o centro, o partido. Enquanto exigimos, ansiosos, vetos, assinaturas e posturas, ele opera por si. Liso, ele cruza o país, onde duas imagens acompanham a trupe: o Presidente e a Presidenta. Agora, no segundo turno, eles vêm pessoalmente, principalmente nas cidades grandes.

Em São Paulo, Haddad me chama a atenção: senta pra ideia na reta final em SP. Ideia representativa, com Brown, Ice Blue, Leci Brandão, Helião, Ganjaman.
Netinho de Paula?
Já em Campinas, vem a dupla dizer descaradamente que lugar de radialista não é na política. Nessa hora ri de novo, olha a frase! Olha o pleito eleitoral!

Não há credibilidade, nem muito motivo pra sorriso. A sequência de notícias nos leva à mazela. Irracionalidade no campo e na cidade. Em São Paulo a sensação é a de uma cidade nocauteada pela gestão da elite. Nocauteada pelos ricos, pelas ocupações policiais, bombas de gás, abusos, crimes. Repressões de todas as formas.

(Me foge o plural da palavra “projétil” nesse momento).

Fica o maior questionamento desse processo eleitoral:
Em que medida o povo reconhece que está acuado?

Entre o crédito, os empréstimos e os juros. Entre gás de pimenta, despejo e esgoto a céu aberto.  Entre o salário no nível do simples pra muitos e do inexistente para outros tantos.
Entre aqueles que aberrantemente não veem essas cenas, ou fingem não vê-la, ou até mesmo culpam aqueles que protagonizam a cena pela sua existência.

Acuado estamos todos.

Entre todo o tipo de propaganda eleitoral.
Atingidos.

Entre o drama da TAM.
Sensibilizado.

Entre o comício e o último capítulo da novela.

Creio que existam fatos emblemáticos, que podem mexer com a sensibilidade de uma nação e dos seus cidadãos. Certo?
Não seria uma ameaça de suicídio coletivo por etnias de nosso território um desses fatos?  Mesmo entendido como "morte coletiva" na análise institucional (o que seria, em tese, diferente).

A cidade afirma “Yes, nós temos amor!” na Praça Revitalizada, enquanto o mandatário do Estado diz que só morrerá quem se mexer.

(Na periferia a próxima festa do amor, combinado?)

O cidadão e o eleitor.
O campo e a cidade.

Até que ponto essa sequência de pensamentos que eu tive recobre as pessoas essa época do ano é difícil de mensurar. Talvez não tão pouco como se afirme. Mas há uma certeza: quem não vê, não pensa.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Em qual mentira vou acreditar?

Por: Junior



No próximo Domingo, o povo Paulistano vai às urnas escolher seu novo velho Prefeito.
Novo velho seja qual for o resultado da festa da "Democracia", pouca coisa vai mudar pra melhor.

Os principais concorrentes ao cargo, não passam a menor confiança. O atual líder das pesquisas Russomano, ficou famoso por trabalhar na TV. E entrou na política através do seu "dindo" Paulo Maluf e hoje tenta de todas as maneiras possíveis esconder isso. Foi deputado federal e na Câmara nada fez pra melhorar nossa vida. Participou sim de diversos conchavos e votou contra o projeto Ficha Limpa, sempre se disse Católico e hoje está recebendo apoio maciço das igrejas evangélicas.

Ao que tudo indica Russomano vai disputar o segundo turno contra Serra ou Haddad. Não preciso falar o porquê de não votar em Serra, é até difícil, são tantos motivos que daria pra escrever um livro, Serra é o PSDB, de Alckimin, de FHC, das privatizações, da policia que anda matando a todo quer direito, além de ter apoio do atual e pior prefeito da história de SP. O petista Haddad de trabalhador não tem nada, foi criado a vida todo com "sucrilho no prato" foi uma imposição de Lula que visa dar uma cara nova ao PT, criando novas figuras publicas. Para esconder os petistas e mensaleiros Genoino e Zé Dirceu, se não bastasse isso a candidatura de Haddad tem total apoio de Maluf.

Temos ainda os jovens Soninha e Chalita. Ela até que era uma boa jornalista, tem um bom papo sempre tá sorrindo, mas seu Partido e seus ideais não merecem a menor consideração. Chalita é do PMDB e já foi do PSDB se não bastasse isso seu discursinho de bom moço que quer unir PT e PSDB em prol de SP, não cola nenhum pouco.

Ainda na disputa o sindicalismo, com um imenso aparato e nenhum resultado de Paulinho da Força. E os fanfarrões Levi Fidelix e Eymael.

Nos resta dar uma olhada com mais atenção em Ana Luisa (PSTU) e Giannazzi (PSOL).

Ou acabar recorrendo ao VOTO NULO!







quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sim, eles são Heróis!

Por: Junior




No último Domingo foi encerrada mais uma edição dos Jogos Olímpicos. Com 17 medalhas, o Brasil superou as 15 conquistadas em Atlanta-96 e Pequim-08 e confirmou em Londres sua melhor participação em toda história.

O Judo e o Vôlei continuam sendo nosso bastião, conquistando 4 medalhas cada.  O Boxe, após 44 anos de jejum, garantiu 3 medalhas. E duas modalidades chegaram ao pódio pela primeira vez, a Ginastica e o Pentatlo Moderno.

Não sou desses que tem "complexo de vira-lata” e a mania de achar que tudo por aqui tá ruim, tudo é uma merda... Mas se levarmos em conta o tamanho do nosso país e o talento do nosso Povo, o número de medalhas poderia ser bem maior. Países bem menores, como a Jamaica e a Hungria, conseguiram ficar à frente de nós no quadro de medalhas.
Mas se levarmos em conta o quanto realmente se é investido em esporte por aqui, nossa campanha foi muto boa.

Tirando Futebol Masculino e o Vôlei, no nosso Brasil não há o menor apoio ao Esporte. O máximo que temos são grandes empresas quem patrocinam os medalhistas em potencial, e mesmo assim quando falta alguns meses para as Olimpíadas... para depois parecerem que tiveram algum mérito na possível conquista do atleta.

Temos sim, a chamada Lei Agnelo-Piva que é um montante que sai do que é arrecadado através das loterias e que nos últimos 4 anos arrecadou 2 BILHÕES de Reais. Só que esse dinheiro todo vai direto para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) que repassa as Federações pra então chegar aos Atletas... Sendo você uma pessoa inteligente, não precisa explicar que grande parte dessa grana se perde pelo caminho.

O COB tem como seu Presidente Carlos Arthur Nuzman, ditador do nosso esporte que faz Ricardo Teixeira, parecer um Santo... Já que ao contrário de Teixeira, Nuzman só mexe com dinheiro publico. E nada faz... além de cobrar os Atletas publicamente.

Nossa politica de esporte tem que ter uma mudança radical, nada de dinheiro publico pro Seu Nuzman e federações. Essa grana toda tem chegar diretamente aos atletas, dando a eles ótimas condições de treinamento, atendimento clínico e psicológico... Ai sim, eles podem ser cobrados por melhores resultados. E o Principal de tudo, apostar na descoberta de novos talentos, com uma ampla política esportiva nas escolas.... O máximo que sem tem hoje nas escolas é um professor mal pago, uma bola e uma quadra pra jogar um futebolzinho... O que é muito pouco.

Não há espaços públicos para se correr, nadar, ou jogar um vôlei ou um basquete. Eu nos meus quase 30 anos, mesmo sem estudar em escolas espetaculares... cheguei a ter aulas de handebol, vôlei, basquete e até atletismo, o que não acontece nos dias atuais.

A Jamaica tem Usain Bolt, porque lá toda criança dos 7 até os 14 anos pratica atletismo na escola... assim eles descobrem os que tem talento. E mesmo sem rios de dinheiro, hoje a Jamaica é uma potência no Atletismo. É praticamente impossível achar futuros campeões se na escola o esporte não tiver presente. Um Estado que gasta com esporte... economiza em saúde e segurança.

Nos próximos 4 anos vamos ouvir muito das federações o mesmo papinho que haverá mais investimentos. Mas o que veremos sera mais aparecimentos de heroicos atletas. Que vão chegar às Olimpíadas através de seu esforço, com ajuda de seus familiares e amigos.... e se o resultado for uma medalha, ai sim ele conseguirá patrocinadores.

Um Estado que sem politica esportiva de verdade, não descobre campeões...

Não descobre heróis!






domingo, 29 de abril de 2012

Brasil Vermelho-Verde-Amarelo


Por: Beto

Há quem diga que a cidade nasce a partir do campo. Sim, pois historicamente as cidades surgem no momento em que o trabalho humano realizado no campo se acumula a ponto de poder ser trocado, ou, mais propriamente, de precisar ser trocado.

Claro que, o princípio de uma cidade como aglomeração de pessoas, como convivência, não se dá unicamente por esse aspecto. É possível conceber a cidade em sua origem como centro de prática religiosa ou como mero encontro. Grandes relações também se encontram se pensarmos na troca de informações, sede do poder, local seguro, local das trocas de mercadorias. Mercadorias por dinheiro, mercadorias por elas mesmas, mercadorias por favores, mercadorias como mitos.

Fundamentos do princípio de vida humana agrupada encontram-se ainda nos estudos antropológicos de distantes aldeias. Mas não era preciso ir tão longe. Filosofia, religião e ideologia se encarregaram de trazer o raciocínio para a vida moderna e, inclusive, de minimizar o que se encontra fora dela, enquanto vida coletiva.

Poderíamos, de maneira unânime, partilhar que a cidade é o futuro da sociedade?

Busquemos uma resposta deixando de lado a disputa por metros quadrados e partindo para os hectares.

Quantos destaques poderiam ser dados ao campo? Ainda mais se estivermos na busca por conceber nele um futuro não urbano.

Local da disputa. O que se entende por campo, por rural, precede um pensamento sobre a providência da terra, sobre a materialização através trabalho do homem e sobre a propriedade de terra. Propriedade que, hora ou outra na história, foi ocupada pela brutalidade, foi ocupada e, no advento das Leis da sociedade moderna, foram apropriadas, ou seja, roubadas.

Sim, todas elas roubadas um dia. Para depois de algumas canetadas poderem ser vendidas, o que data de 1850 no Brasil. As terras. Motivo principal de nossa colonização. A riqueza que proveria da terra foi o estopim de um processo que dilacerou os vínculos da espécie humana com a terra em várias regiões do mundo e no Brasil, através da colonização.

Impôs-se à terra uma mutilação. Permitiu-se a propriedade e o trabalho, e definir com precisão onde isso ocorreu é quase impossível. Grande parte do mundo vê hoje as identidades territoriais manifestadas num espaço construído. E este cada vez menos é um espaço do camponês, que no mundo atual dá lugar ao agronegócio.

O mês de abril no Brasil é esclarecedor e nos ilustra. (Na mesma medida em que demonstra nossa cegueira quanto ao assunto).

Ao longo do abril vermelho um dos maiores movimentos sociais do mundo ocupa, reivindica, invade terras. Denuncia os descaminhos e as mais profundas contradições do espaço rural. Nenhuma alma, a mais reacionária que exista, iria ser contrária ao MST se não o analisasse unicamente pelo ponto de vista da propriedade, que com toda justiça o movimento vêm reivindicando nos dias recentes. Pois o MST reivindica também a vida.

Vida às crianças. Vida a terra. Não uma terra a serviço da cidade. Não uma terra que nem mesmo dá conta de matar a fome da cidade, produzindo “para a entrada dos dólares”, argumento repetido sem fundamento, na medida em que não se faz compreender.

Cabe destacar que, espremidos nas terras da exportação e das máquinas de seus proprietários, os camponeses são aqueles que ainda dão de comer às cidades. Aos filhos da cidade.

Mas voltando aos reacionários, o MST reivindica também uma cultura, um modo de ser. O que carece na leitura de muitos daqueles que carregam as mesmas bandeiras vermelhas aqui nas praças e avenidas da cidade, reivindicando o proletariado.

Todo brasileiro deveria estar, no mínimo ciente das reivindicações do abril vermelho promovido pelo MST. Disputando a sociedade e pensando na vida. Pensando numa possível vida além das cidades. Reivindicando vida para o camponês. Isso é compromisso.

Bem, terminaria esse argumento aqui, mas os dias últimos desse peculiar abril brasileiro nos reservou uma surpresa relacionada ao tal código de conduta sobre nossas terras ainda cobertas. Aquelas mais vivas. (Note que o que se reivindica sempre é vida). As florestas!

Campo coberto. Esse sim o mundo urbano se preocupa um pouco mais. O que se viu foi claro, apesar de os detalhes serem esclarecedores e merecerem sua atenção. Sim ao Novo código significava sim aos desmatamentos e sim ao perdão a quem desmatou no passado. O sim venceu, mas não essa a surpresa.

A sociedade num lampejo diz “Veta Dilma!”, transcendendo setores e classes. Se marcar, tem ator global de novo na parada.

Mas vá além, presidenta. Não se esqueça do abril vermelho.
Pois ele é prioridade.


domingo, 15 de abril de 2012

30 anos de uma democracia!

Por: Junior



Na segunda metade do século XX a America Latina era dominada por tiranas ditaduras militares. Golpes de Estado eram apoiados pelo Governo Ianque que em troca exigia apoio total durante a Guerra Fria.
No Brasil, mais precisamente em 1982, apesar do AI-5 não vigorar mais. Ainda não se votava para Presidente, mas já era possível sentir um clima de abertura poiltica. E após 18 anos os Brasileiros iriam as urnas eleger os Governadores de seus Estados. Mas só o povo unido, organizado, tomando as ruas, poderiam enfim sepultar a ditadura. O Movimento das Diretas-Já começava a surgir e paralelo a tudo isso num terreno de alguns milhares de metros quadrados na Zona Leste Paulistana, respirava-se Democracia, e talvez fosse ali no Parque São Jorge o único lugar no Brasil onde se vivia um regime democrático.
Os "cabeças" do Movimento, o diretor de futebol e sociólogo, Adilson Monteiro Alves, e os jogadores Wladimir, Casagrande e o Saudoso Doutos Sócrates, não concordavam como se davam as relações de trabalho dentro do futebol, e organizaram um Movimento revolucionário que pregava decisões Democraticas e um relacionamento mais profissional e sincero. Esse Movimento ficou conhecido como Democracia Corintiana.
O Futebol é um meio muito retrógrado, apegados ao poder a cartolagem procura alienar os atletas que apesar de todo dinheiro que ganham de todo glamour da profissão são na imensa maioria ignorantes. E como os jogadores se deixam levar, acabam não sendo tratados como profissional e cidadão com deveres e direitos, com responsabilidade e liberdade. Contra isso que surgiu o Movimento Corintiano.
E deu muito certo, o Corinthians se tornou o time da moda, falado, discutido, debatido.
Como um grupo de trabalhadores tinham a audácia de ter voz em plena ditadura?
Tudo era votado, das novas contratações do Clube, ao horário que deveriam viajar ou se deveriam ou não ficar concentrados. A camisa do Clube que agora é suja cheia de publicidade, era usada para recados políticos e os jogadores se posicionavam politicamente, chegando até a se filiar a Partidos.



Só que tres fatores foram determinantes para o sucesso da Democracia Corintiana. Em primeiro lugar o local, dificilmente o Movimento teria tanta repercussão se acontecesse fora do eixo Rio-SP. Movimento se passou em SP e no Corinthians um dos Clubes mais populares e midiaticos do Brasil.
Em segundo lugar os resultados, o time conseguiu ganhar titulos. Fazendo que seus difamadores que chamavam o Movimento de Anarquia Corintiana, não tivessem argumento para atacá-la.


E em terceiro lugar, e talvez mais importante a situação politica do pais, num pais que vivia sob a batuta da ditadura. É difícil imaginar um local de trabalho onde todas as decisões eram decididas no voto. Um lugar assim continua sendo difícil de imaginar agora 30 anos depois.
Não é também nenhum exagero dizer que a Democracia Corintiana era um dos empurrões que faltavam para o Movimento das Diretas-Já ganhar apoio popular. Em 1984 com o Movimento Corintiano já consolidado, um dos principais apoiadores do Movimento, o narrador esportivo Osmar Santos era o "locutor das Diretas" nos atos que tomavam as ruas das principais cidades Brasileiras, atos que também tinham a presença dos jogadores Corintianos.



Apesar de todo glamour popular o Movimento das Diretas-Já foi derrotado no Congresso, frustrando assim o sonho de milhões de Brasileiros, na esteira dessa derrota do povo. Infelizmente o Movimento Corintiano perdeu força e acabou. A troca do Presidente do Clube e a saída do Doutor Socrates... que foi jogar na Italia cumprindo uma promessa de deixar o Brasil caso não pudesse votar para Presidente, foram os principais fatores para o fim da Democracia Corintiana. Só que ela não morreu, hoje qualquer pessoa que gosta um pouco de politica e futebol, sabe da existência e da importância do Movimento Corintiano. Que 30 anos depois continua sendo debatido, discutido, lembrado em livros e filmes.
Só 5 anos depois em 1989 os Brasileiros puderam eleger Presidente. Embora o primeiro resultado das Diretas parecer desastroso, a vitoria de Collor. Mas vamos ser otimistas o Primeiro resultado das Diretas foi o impeachement de Collor, com o povo voltando as ruas para tira-lo do poder.



A Democracia Corintiana se foi sem conseguir revolucionar totalmente o reacionário Futebol Brasileiro como se prometia. Mas aquele time entrou pra história.
Salve as verdadeiras Democracias...
Salve a DEMOCRACIA CORINTIANA!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Nova Luz?


Por: Junior



Desde de moleque ouço falar do "Projeto Nova Luz" na revitalização do Bairro da Luz.
Entra Prefeito, sai Prefeito não importa o Partido. Projetos e mais projetos são apresentados e nunca colocados em prática.

A Luz é um Bairro de algumas dezenas de quarteirões no meio do Centro, que já foi uma das áreas mais importantes da cidade. E que nas últimas décadas se tornou um dos lugares mais depreciados da Capital Paulista.
Por lá décadas atrás tinhamos uma Rodoviaria, a Estação de trem (ainda muito importante) era a Central do Brasil Paulistana, O Parque da Luz antes da ascensão do Ibirapuera era o mais importante da Cidade, havia eventos culturais diariamente por lá e nas esquinas da chamada "boca do lixo" eram rodados centenas de filmes.
A rodoviária foi desativada, fazendo os comerciantes mudarem para Bairros próximos (Bom Retiro, Brás, Santa Cecilia). Se perdeu a linha da cultura e deixaram de produzir filmes por lá. E a Luz se tornou sinônimo de roubos e prostituição.
Chegou a década de 90 de todos fomos apresentados ao crack... e o crack fincou o cachimbo no Bairro da Luz.
Agora além de trombadinhas, prostituição, a Cracolândia era o novo elemento do Bairro.
Prostitutas para serem exploradas, droga barata lucrativa, dinheiro fácil... nem preciso dizer que a polícia entrou de cabeça nos negócios.
A Cracolândia ficou famosa, a PM pra não perder sua participação nos lucros fazia vista grossa e pro Governo sempre foi comodo a existência dela, porque sabia onde estava o problema.


Mas lembra do "Projeto Nova Luz"?
Apesar de tudo o Bairro da Luz tem uma ótima localização, e as contrutoras pensando em seus projetos imobiliários começou a cobrar do Governador e do Prefeito, que o projeto fosse colocado em prática. E como as construtoras pagam grande parte das campanhas eleitorais...


Primeiro tivemos o incêndio mal explicado da Comunidade do Moinho. Uma Favela que foi erguida na beira da linha do trem, e que anos a Prefeitura tentava destruir, e nos últimos dias do ano. Um incêndio muito estranho destruiu totalmente aquela Comunidade, deixando centenas de famílias sem um teto. O fogo, como em outras favelas... foi a forma usada pra expulsar os moradores.
Moradores que até agora não tiveram a assistência nescessária.
Começou 2012 e após uma grande campanha demagogica apoiada por setores da imprensa. Decidiram que chegava a hora de exterminar a Cracolândia.
Policiais armados até os dentes, viaturas cantando pneu, cães, bombas, helicópteros...
Do outro lado... Dependentes quimicos, doentes, esqueléticos, perdidos, desorientados, sem rumo, sedentos por ajuda.
Cenário de guerra, todos eram suspeitos... eu andando pela Luz tive o desprazer de tomar um enquadro da PM.





O resultado dessa ação?
Não resolveram os problemas dos doentes!
Não resolveram o problema do Bairro!
Não prenderam os verdadeiros traficantes!
Prenderam sim, os peixes pequeno... usuários  que trocavam sua mão de obra por um punhado de pedra!
Quase 3 meses depois dessa ação covarde do Governo,  prometido Centro de apoio social ao dependente químico. Recentemente inaugurado e, obviamente, com estrutura abaixo da necessária, o Centro saiu com atraso, muito após o início da intervenção policial que, por sinal, completa três meses hoje. 
Assim, a ação só serviu para espalhar a Cracolândia pelas ruas próximas.
Como se vê em uma pichação na Avenida São João:
"Não adianta maquiar, a Cracolândia anda!"



Esse ano é um ano eleitoral e tudo que for feito supostamente pelo bem comum, pelo bem da população, servira apenas para garantir votos para quem as planejou.
A tal revitalização da Luz pode até sair do papel, daqui 10, 20, 30 anos...
E o Bairro ficar melhor do que é hoje.
Mais nada sera feito pelo bem das pessoas, pelo bem da povo.
Mais sim por politicagem, pelo bem do Capital!


segunda-feira, 26 de março de 2012

Domingo de Clássico da Cidade de São Paulo

Por: Beto

O Lado de Cá da Marginal viveu mais uma tarde de “Clube da Luta”, como relacionou o jornalista Mauro César Pereira.

Quem se recorda desse filme, entenderá a relação.
Quem não assistiu, deve fazê-lo, para compreender a situação dos confrontos entre membros de Torcidas Organizadas em SP, no Brasil e no mundo. Confronto que mais uma vez estragou o futebol nosso de cada domingo.

Assim como o confronto nos clássicos, a reação do poder público e da mídia foram repetidos, manjados, ingênuos e plenamente ineficientes.

As velhas caras do “jornalismo” esportivo esculacham torcedores, chamando-os de vagabundos e bandidos, incentivam que as famílias assistam o clássico pelo Pay-Per-View.

A Federação proíbe através de um gesto simbólico as faixas, bandeiras e baterias das entidades envolvidas de entrarem nos estádios.

Pois bem.

É impossível e absurdo dizer que todo torcedor organizado se envolve em confrontos. Em termos estatísticos, se todos eles brigassem nas ruas, não haveria mais pedra sobre pedra na cidade. Segundo ponto: as torcidas organizadas fazem parte do clássico, fazem parte da festa do clássico. Bandeiras, fumaça, gritos, bateria.

Os torcedores organizados se organizam também na festa. A mesma festa que abastece os cofres da mídia esportiva, que passa aí na sua telinha na chamada dos jogos. A mesma torcida hoje punida é aquela que acompanha o time fora de casa, que vai ao estádio quando o time está caindo pelas tabelas.

A Torcida Organizada faz parte de uma realidade do futebol do Brasil e do mundo. Nada a diferencia do torcedor “desorganizado”, a não ser o fato de sentir uma identidade de grupo com a entidade e não apenas com o time.

O fato de violência faz parte dessa realidade e é preciso reconhecer isso. Historicamente, essas torcidas competem entre si. Na festa e na prática.  Querem ir e vir na cidade, sem depender de proteção de polícia. Trilhando seu próprio caminho.

Isso gerou um histórico de confrontos envolvendo as Torcidas e o entorno dos campos de futebol. Mas isso mudou!

A cada dia, as entidades são deixadas de lado como motivação da briga. O time de coração, então, nem se fala. Os “bondes” representam apenas grupos de amigos ou colegas e hoje se fragmentam dentro da Torcida.

As entidades organizadas não tem controle nenhum sobre.
Aí que entra o Clube da Luta. A Treta e a Adrenalina da treta. Isso que move os confrontos.
Ponto.

Gaviões, Mancha.
Isso é apenas o estereótipo. As outras palavras complexas eu deixo para quem entende melhor do assunto. Que eu arrisco dizer deve ser do campo da psicologia, filosofia ou quem sabe espiritismo... Jamais do MP ou da PM.

As Punições e a intervenção, com certeza devem ocorrer!
Inclusive poderiam contratar estagiários do 6º, 7º ano fundamental que um mapa completo dos confrontos com data e horário estaria pronto em poucas horas. Basta mínimas noções sobre redes sociais.

Nesse lugar, Polícia deve agir, para impedir que as pessoas de serem atingidas e envolvidas na briga.
É lá que a Polícia deve ser truculenta e não na arquibancada, agredindo torcedores.

Quem acorda 8 da manhã pra brigar quer brigar.
Quem paga ingresso caro pra ver o jogo quer disseminar uma cultura, uma alegria, uma história.

Ir ao clássico de domingo. Tenho orgulho em dizer que tava lá ontem. Sem briga no meu caminho a na minha tarde. Pois eu sabia onde e como ela aconteceria.

Sem aprofundamento com meu envolvimento pessoal, tanto na arquibancada, quanto na Torcida e até mesmo com relação ao bairro onde ocorreu o confronto.

Só vou lembrar que aqueles que gostam de briga já estão se afastando do estádio.
A FPF não precisa afastar os que não gostam!

Simples.
Enaltecer a festa que faz a Gaviões a Mancha e outras é um golpe naqueles que querem a briga. Fortalece o sentimento de alegria do futebol e cada vez mais distingue aqueles que saem de casa com a cabeça cinza.

Igual aos personagens do Clube da Luta.




terça-feira, 13 de março de 2012

Adeus Teixeira

Por: Junior


Demorou...
Mas o grande dia chegou.
O Ditador Ricardo Teixeira enfim largou o osso.
12 de Março de 2012, ficará para sempre lembrado como o dia em que o maior câncer do futebol deixou a Presidência da CBF... Foi necessário 23 anos, 6 Presidentes da Republica, 6 Copas do Mundo, para Teixeira nos deixar em Paz.
Foram anos de arrogância, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito, recebimento de propina, roubalheira, lavagem de dinheiro e nenhuma preocupação com o futebol.
A maior preocupação sempre foi o lucro, nas suas mãos a CBF passou a ganhar rios de dinheiro... Sendo pela venda de amistosos, ou pela enorme quantidade de patrocínios da Seleção. Todo esse dinheiro nunca foi usado para ajudar nosso futebol, seja na base ou na desprestigiada Seleção de Futebol Feminino. Foi sim pro bolso de Teixeira, e também para pagar campanhas eleitorais de Deputados e Senadores aliados de Teixeira. Os mesmo que o protegeram e ajudaram Teixeira escapar ileso de duas CPI's.
Além disso Teixeira é suspeito em 5 investigações do MP, 4 desses processos já foram arquivados por juízes que ganharam de Teixeira passagens e ingressos para as últimas Copas.
Seus defensores costumam dizer que Teixeira ganhou 2 Copas, organizou nosso Futebol e que ele conseguiu trazer a Copa para cá. Não sei qual o mérito dele nas conquistas de Copa... ele não jogou!
Já na questão da organização, a própria Copa nos ajuda a entender... ele ficou 23 anos no poder e o Brasil não tem um estádio capaz de abrigar um jogo de Copa. Ale só trouxe a Copa pra cá para continuar enchendo seus bolsos.
Teixeira virou tambem Presidente do COL (Comite Organizador Local) e aí começou sua derrocada.
Enquanto ele era só dono do Futebol, pouca gente se importava. Mas quando ele foi cuidar na nossa Copa do nosso dinheiro, as atenções se viraram para ele.
Com Lula na Presidência, Teixeira conseguiu controlar bem a situação, mas com a chegada de Dilma ao poder e a população que começou a se encher dele, Teixeira se complicou. Dezenas de atos foram realizados pelo Brasil a fora com a palavra de ordem "FORA TEIXEIRA".






Dilma sempre se mostrou contrariada com a presença de Teixeira no COL, e nunca fez questão de aparecer ao lado dele. Teixeira já não tinha o trânsito totalmente livre que tinha com Lula, e convidou os campeões do Mundo e pelegos Ronaldo e Bebeto para serem seu para-raio. Não deu certo.
E depois de algumas ameaças... ele renunciou, ao que tudo indica para conseguir manter seus bens e sair ileso.
Seu sucessor José Maria Marín o ladrãozinho de medalha, um aliado da Ditadura e Malufista de longa data, não irá promover grandes mudanças. Para falar o português claro, mudaram as moscas... mas a merda continua a mesma!
Como diria Capitão Nascimento só vamos conseguir mudar alguma coisa quando for atingido o coração do sistema.
Mas já foi o começo de mudança.
 
Como disse o saudoso Doutor Sócrates após sua primeira internação:
 
"Eleições diretas para Presidencia da CBF já"


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Não existe Carnaval em SP


Por: Junior

Quando garoto, eu era um entusiasta do Carnaval. Passava a noite vendo os desfiles do Carnaval Paulistano, fui criado ouvindo os discos de Samba-Enredo e era levado pelo meu pai de vez em quando aos ensaios. Até nas arquibancadas do Sambódromo eu já coloquei os pés. Fazia tudo isso e nunca tive uma Escola que realmente eu fosse torcedor.
Cresci e aos poucos perdi essa paixão de criança. Existem outras maneiras de se passar esses dias de festa... Mas não em SP. Aqui, apesar do tamanho da cidade, não se tem muito o que fazer. Temos alguns bailes de clubes que custam verdadeiras fortunas pra entrar, ou alguns Blocos de rua que estão longe de arrastar multidões. A maior atração realmente são os desfiles no Sambódromo. Respeito muito o povo que faz a festa acontecer que dedicam horas do seu dia sofrido trabalhando em prol do Carnaval, mas veja.
O Carnaval Paulistano nos últimos anos se tornou mais profissional, mais luxuoso. Cada vez mais os dirigentes das Escolas, com sua marra habitual, cordões de ouro e terços, estão com suas mentes totalmente Capitalistas... e o Carnaval sofre ano após ano, um processo de comercializar da folia. Tudo é cobrado, grandes marcas de cerveja patrocinam as Agremiações e exigem que apenas sua marca sejam vendidas durante os eventos da Escola. Escolas que vendem seu Enredo pra quem quiser já é praticamente uma regra. Escolas transformam seu pós ensaio em baladas visando assim trazer para as quadras o publico da Vila Olímpia. Ano após ano, temos menos ingressos populares e mais camarotes. Hoje quem não se vende (com raras exceções) briga no máximo pra não cair de divisão.
A disputa pelo título, que parece ser um grande jogo de cartas marcadas e teve a podridão escancarada nos acontecimentos da última apuração. Empurra-empurra, cadeiradas, roubo de notas, alegorias pegando fogo. Que não vão produzir grandes mudanças, apenas vão colocar a culpa (como sempre) nas Torcidas Organizadas. Eu que já era desiludido com Carnaval Paulistano, eu agora me sinto totalmente enojado.

Sabe aquela história de que SP é o túmulo do Samba. Túmulo do Samba eu não acho que é...
Mas túmulo do Carnaval eu concordo plenamente!




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A Big Brothernização da Tragédia!

Por: Junior






Segunda-Feira, 13 de Fevereiro, 7 horas da manhã. Quatro canais de TV mostram a mesma cena aérea: um camburão da PM em alta velocidade a caminho de um Fórum corta as ruas da cidade. Dentro do camburão, o réu do chamado "Caso Eloá".

De tempos em tempos a imprensa tupiniquim nos metralha com esse tipo de cobertura jornalistica.
Helicópteros, empurra-empurra de repórteres, centenas de flashs disparados, fazem desse tipo de cobertura um grande show.
Tudo é feito em prol da audiência, promotores, advogados... são transformados em "celebridades". Repórteres fazem de tudo por uma imagem, uma declaração a mais do que a concorrência. A mãe da vítima a qualquer aparição é cercada de câmeras e microfones que buscam captar uma frase, uma lágrima que escorre pelo rosto.
Apresentadores engravatados pedem mudanças nas leis, programas recebem especialistas em segurança, e psicólogos que discutem o assassinato da vitima da mesma maneira que as mesas redondas futebolísticas dominicais discutem se foi ou não pênalti.
Após alguns dias que o caso é espremido até a ultima lágrima, até a ultima gota de sangue, o caso é esquecido
assim como foi o caso da loirinha que planejou o assassinato dos pais, do cara que joga a filha pela janela ou do mano que invade uma escola no Rio e atira em quem encontra pela frente.



Informar é preciso... Mais Big Brothernizar (termo pinçado no Twitter)... fazer desse tipo de cobertura um grande show é totalmente desnecessário!





sábado, 11 de fevereiro de 2012

Parabéns PT

Por: Junior

Parabéns PT...




Por completar 32 anos

Parabéns PT... por eleger o primeiro operario Presidente do Brasil

Parabéns PT... por eleger a primeira Presidenta do Brasil

Parabéns PT... por continuar com o esquema de mensalão e caixa 2

Parabéns PT... por se aliar ao Bush

Parabéns PT... por se aliar ao Temer e principalmente ao Sarney

Parabéns PT... por trazer a Copa e as Olimpíadas para o Brasil, eventos que serão os maiores roubos aos caixas publicos da historia

Parabéns PT... por nunca levar pra frente a questão da Reforma Agraria, do aborto e da descriminilização das drogas

Parabéns PT... por continuar aumentando o salário de Senadores e Deputados

Parabéns PT... por continuar com o plano de privatizações

Parabéns PT... por nos mostrar que neoliberalismo não exclusividade do PSDB

Parabéns PT...  por colocar o exército nas ruas para reprimir greves

Parabéns PT.... por destruir o sonho de milhões de Brasileiros

Parabéns PT... por nos mostrar que eleição realmente não serve pra nada

Esqueci um bocado de motivos... Mas Obrigado por tudo que tem feito pelos Brasieiros Partido dos Trabalhadores!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

BBB - O estupro aos nossos cérebros!

Por: Junior



Fosse eu sujeito religioso, diria a você que está lendo esse texto que ergo as mãos para o céu em agradecimento por fazer parte do 1/3 de brasileiros que não tem somente a TV como único meio de informação de entretenimento.
Todos nós sabemos o quão péssima é a qualidade da TV aberta... passando pelo jornalismo tendencioso, novelas ou programas de fofoca, e o campeão do mau gosto: o tal BBB.
Há dez anos, sempre no mês de Janeiro, nossos lares são invadidos com esse programa imbecil, que é dificil entender o porque que deu certo no Brasil. Com suas "espiadinhas" o programa é uma veneração ao "Zé Povismo", os participantes com seus corpos sarados e mentes vazias... não são nada mais do que marionetes que garantem a audiência com muita confusão, bebedeira, apelação, pegação e um querendo passar por cima do outro para ganhar um prêmio em dinheiro. Longe de mim querer pregar o moralismo, cada um faz o que quiser, faz sexo com quem quiser...
Só que a TV deveria servir pra informar, entreter, não mostra que atrasando a vida dos outros você vai se dar bem... não mostrar pessoa em traje de banho, bebendo, comendo, fumando, dormindo, fofocando.
Tudo isso já torna o programa um LIXO, e nessa atual edição conseguiram chegar ao fundo do poço. Com um caso de abuso sexual ao vivo pra quem quisesse ver. Pessoas trancadas, longe de seus companheiros a semanas, cheios de cachaça na cabeça, somado ao mundo machista que vivemos... é implorar pra dar merda, merda essa que serviu para alavancar a audiência. Expulsaram o molestador, passaram um pano e ficou tudo por isso mesmo.
Anos atrás um Juiz carioca tentou proibir bailes funk no Rio por causa de um suposto caso de abuso sexual. Seguindo essa lógica deveriam tentar tirar o progama do ar. Mas que Magistrado teria coragem de bater de frente com a Globo? E tiveram a audácia de nomear o progama com o nome de um livro do grande George Orwell.

Como disse Verissimo em um artigo, as marionetes não são heróis (como diz o apresentador do programa).
Heroi é o povo "Da Marginal pra cá".
Heroi são os sem-tetos acampados na Avenida São João.
Heroi é o povo do Pinheirinho!

Não veja essa Idiotice...
SP tem dezenas de progamas culturais todas as noites... até pra quem vive sem grana como eu. Senão... leia, ouça um som, faça um som, escreva um artigo e nos mande que teremos o maior prazer de publicar, tome umas com os chegados... só não seja mais um nesse mundão.

BBBaboseira sem nenhum trocadilho só serve para estuprar nossos cérebros