sexta-feira, 23 de setembro de 2011

De Templos em Templos

Por: Beto

Sempre há um momento em que você reza.
E não te digo isso na demagogia irritante daquelas frases feitas do tipo “querendo ou não...”, “na teoria é uma coisa, na pratica é outra...”
Digo que, em vários momentos do seu dia, você reza.
E mais: Você louva.

Para confirmar essa idéia, repare nos exemplos dos templos da metrópole.
Por qual você já passou?
Qual deles você já entrou?
Freqüentou um mês, ou anos?
Qual deles já te vez sentir prazer, poder, tristeza, angústia, medo, resignação...
Lembra-se daquele que te deixou mais paralisado? Foi pelo tamanho, forma, cheiro, cor, som ou imagens?



Proponho um desafio: um templo por dia na metrópole.
Com uma única condição: a curiosidade.
Nada mais.
Não quero aqui me lançar como um ateu, um materialista, incrédulo. Nem tampouco questionar a fé de cada um desses templos, generalizando-os.
Penso justamente o contrário. Proponho conhecer os Deuses! Os Cantos.
Cada canto de umbanda. Cada altar, cada paróquia.
Cada Sermão, palestra ou debate.
Cada show da fé ou Mesquita.
Cada meditação ou ritual.


Imagine o arranjo musical se tocassem juntos os músicos de todos os templos da cidade? Passaríamos de tambores a teclados, com toques de guitarra e cantos gregorianos.
Arranjos...
Imagine uma energia conjunta de todas essas vibrações, louvores e orações.
Você que freqüenta templos, pense na hipótese: um templo por dia na metrópole.
Só pra variar.




Tema que soa polêmico.
Dá vontade de encurtar as frases. Encurtar os parágrafos. Para não “blasfemar” ou contrariar ninguém.
Inclusive, quantas vezes se pronuncia que “com religião não se brinca”, e que “ela não se analisa”. Quantas vezes repetimos que apenas se sente, ou se compreende. Concebe-se. Jamais se discute...
DEUS!
Quem pode responder? Jamais.
Jamais é essa minha proposta. Nem muito menos o desdém de dizer que não há o que ser explicado.

Só fica a vontade de saber quem ergueu tantos templos nessa cidade. Tantos que na vista da minha janela há dezenas. Na TV, no pensamento, na mídia, na internet, no discurso, na ética.
Religiões do mundo todo.
Presentes nessa metrópole. Tendências cada vez mais amplas a seguir.
Aquelas que se destacam, e as que se fragmentam. Aquelas que pouco se nota e até mesmo algo próximo de seitas...
Da pra ouvir a voz do paulistano orando. Do Brasileiro, de todos nós.
Inclusive por todos os anseios dessa cidade e desse país que nós já conhecemos.
Não se trata de discutir o conteúdo dessas orações,
E sim de enxergá-las. E respeitá-las.
Até mesmo não interagir com elas. Senti-las.
Curtir! Comentar, debater.
Falar o que quiser!
O que há?
Receio?



Um acréscimo para aqueles que nunca pisaram num templo dessa cidade.
Que não tem isso como hábito e não procuram conhecê-los.
Cabe mencionar tantos outros templos que aqui se avista: escolas, empresas, universidades, shoppings, edifícios. Casas.



Estruturas, regras, ética, hierarquia.

O morador da cidade se ancora. E ora.
Louva.
De templos em templos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário